Fracasso na carreira! Insatisfação com os negócios, infelicidade no trabalho, baixos resultados ou nenhum resultado…
Perder um parente, é sempre algo difícil… e há pessoas que não conseguem suportar a perda de um familiar, tornando assim, o evento em trauma.
O que é perda traumática?
Há variação na forma como a perda traumática é definida, mas, usarei a definição de Wortman & Latack (2015), que diz:
“Uma morte é considerada traumática se ela geralmente ocorre sem aviso; se for intempestiva; se envolve violência; se houver dano ao corpo da pessoa amada; se foi causado por um perpetrador com a intenção de prejudicar; se o parente considerar a morte ou a forma da morte, como injusta”.
Além da natureza da morte do ente querido, outros fatores podem envolver o trauma, nesse sentido podemos incluir:
- Ter que tomar decisões médicas sobre enterro, doação de órgãos, etc.
- Incertezas sobre se a pessoa morreu por falta de atendimento ou auxílio médico.
- A pessoa pode se sentir culpada pela morte do ente querido, ou por ter faltado em algum sentido, como exemplo:
Qual é o impacto de experimentar uma perda traumática?
De um modo geral, tem sido demonstrado que a morte traumática, especialmente quando os parentes sofrem de mortes violentas, o fato leva a um aumento do sofrimento.
Por exemplo, um estudo de 2003 que analisou as trajetórias de luto de 173 pais que sofreram a morte de uma criança por acidente, suicídio, homicídio ou causas indeterminadas constatou que, cinco anos após a morte violenta, 27,5% das mães e 12,5% dos pais foram diagnosticados para TEPT – Transtorno de estresse pós-traumático. Essas taxas foram significativamente maiores do que as da população geral.
As experiências de trauma e tristeza são duas coisas diferentes. As coisas ficam emaranhadas, pensamentos e emoções se fundem e as pessoas às vezes se veem completamente presas ao acontecimento de dor. Compreensivelmente, não é incomum que pessoas que sofreram esse tipo de trauma, experimentem sintomas significativamente mais intensos, penetrantes e prolongados.
Quando o coração continua a bater com a dor!
É comum “ruminar” sobre a morte, independentemente das circunstâncias. Geralmente a pessoa procura responder a perguntas, como…
- Por que isso aconteceu?
- Quem é o culpado?
- Meu amado sofreu?
- Sua morte poderia ter sido evitada?
- Ele sabia que ia morrer?
- Ele estava com medo?
- Qual é o significado, razão ou propósito de tudo isso?
Infelizmente, muitas pessoas não conseguem encontrar as respostas que estão procurando e continuam a lutar com os sentimentos de dor, da mesma forma que continuam a sofrer por imaginar o que deve ter acontecido para a pessoa amada passar por aquilo.
Sentimento de culpa
É comum lutar com sentimento de culpa. Por exemplo, pode-se sentir culpado por circunstâncias que precederam a morte, exemplos: a pessoa tinha que entregar algo ao parente, combinou de fazer algo e não conseguiu comparecer.
Uma pessoa pode fazer avaliações sobre a inadequação de suas próprias ações, exemplo: quando você tem sentimentos e comportamentos que refletiram em ações e conflitos entre o enlutado e o falecido. Pensamentos negativos sobre culpa e autocensura podem afetar o modo como uma pessoa se ajusta ao luto e são frequentemente associados a sentimentos de depressão e ansiedade.
Luto e trauma
Depois de uma morte, as pessoas se sentem fragilizadas, tristes e com o sentimento de que a vida não vale mais a pena, essas pessoas sofreram uma perda traumática e muitas vezes experimentam reações intensas e prolongadas de luto / trauma.
A perda pode causar na pessoa, sentimentos de ansiedade, depressão, raiva ou vergonha. Pode também haver desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático e que impedem o enlutado de encontrar maneiras significativas de continuar seu vínculo com seu ente querido de maneira proveitosa, em paz, com a sensação que tudo o que podia foi feito.
Suporte social
Evidências psicológicas e médicas sugerem que o apoio social pode reduzir o impacto de eventos estressantes da vida.
Infelizmente, depois de uma morte, muitas pessoas não recebem apoio efetivo por várias razões. Isso acontece muito, logo depois de uma morte traumática, quando o impacto do luto pode durar muito mais do que é esperado. Algumas razões pelas quais as pessoas não recebem apoio efetivo após uma morte incluem:
- As pessoas não sabem como fornecer apoio ao luto
- As pessoas fazem comentários que tentam minimizar o luto, desencorajam a expressão de raiva, dor, e empurram os enlutados a seguir em frente.
- O enlutado pode estar inclinado a isolar-se física e emocionalmente, especialmente quando se sente mal-entendido pelos outros.
- Os enlutados podem sentir-se envergonhados, anormais ou fracos porque continuam a sentir dor, mesmo depois de muito tempo do evento de falecimento ter passado.
- O enlutado pode buscar apoio de terapeutas que não são treinados em luto e / ou trauma.
Como se vence o luto depois de uma morte traumática?
Após uma perda traumática, é importante encontrar maneiras de processar e lidar com emoções e reações complicadas em relação à morte e ao trauma.
Algumas maneiras são:
- Ter uma mentalidade positiva de enfrentamento da situação,
- Ter autocuidado,
- Ter compreensão das suas dores e sentimentos,
- Vencer os sentimentos de culpa e tristeza,
- Pensar em todos os pontos positivos enquanto a pessoa estava presente e o quanto ela contribuiu para sua vida, no tempo em que passaram juntas.
Finalmente, se você planeja buscar apoio de um terapeuta, quero adverti-lo de que nem todos os terapeutas do luto compreendem o trauma.
Seja seletivo ao escolher um terapeuta, certifique-se de que o profissional realmente tenha experiência para ajudá-lo nessa situação.
O mais importante de tudo o que foi descrito aqui, é saber seus medos e limites, mas consciente de que muitas vezes, sozinho, é difícil de superar esses desafios.
Não há vergonha em buscar ajuda psicológica e terapêutica para os momentos de dificuldade, de dor, de lágrimas e depressão. Você passou por um processo doloroso, perdeu alguém que amava e pode não achar justo o que aconteceu.
Agora, o caminho é curar essa dor, compreendendo-a e trabalhando nela, para que consiga novamente ser feliz, sorrir, cantar e aproveitar a vida como deve!
Um dia a dor passa e o que sobra são as boas lembranças, por isso, venha conversar comigo e eu prometo te ajudar!
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